YouTube Analytics I: Métricas nativas, públicos e interações
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O YouTube, principal rede social de vídeos, oferece uma ferramenta para monitorar as estatísticas das contas cadastradas. O usuário consegue verificar somente os indicadores de sua conta, não podendo compará-los com os de outros canais.
A diferença entre a ferramenta YouTube Analytics e o mecanismo do Google – Brand Lift – é que a primeira apresenta dados dos vídeos publicados pelo usuário. Enquanto a segunda verifica indicadores dos vídeos de anúncios pagos do Google.
A Brand Lift do Google permite descobrir, por exemplo, se o anúncio pago fomentou o interesse pela marca através do volume de busca orgânica realizado no site de buscas. Mostra também as palavras-chave mais utilizadas para pesquisar sobre a marca.
É de suma importância para empresas ou indivíduos que utilizam a rede social verificar como está sendo a repercussão de suas postagens, tendo em vista que essa análise possibilita obter insights para direcionamento de ações e uma mensuração da efetividade do esforço despendido em cada ação.
Por exemplo, pode-se constatar que determinado tipo de gravação pode, no longo prazo, apenas causar prejuízos pois não possui uma boa resposta de indicadores. Ou até mesmo o vídeo gerou um grande volume de visualizações, mas também provocou diversos dislikes.
A ferramenta YouTube Analytics possibilita a observação de dados relacionados ao engajamento dos vídeos, ao público que os assiste e à retenção nas visualizações. Assim como mostra se a maior parte das visualizações ocorreu diretamente no YouTube ou através de um site externo que publicou o vídeo.
O que oferece a base de dados do YouTube?
O YouTube é referência ao se tratar de vídeos publicados na internet, isto é, é a principal rede social desenvolvida para postagem e visualização de vídeos. Um ano após sua criação, a plataforma foi vendida para o Google, o que aumentou ainda mais a sua visibilidade.
Atualmente, a rede tem mais de um bilhão de usuários, o que, segundo a empresa YouTube, representa “quase um terço dos usuários da Internet”. A rede social Youtube dispõe de páginas em 76 idiomas diferentes, valor que abrange, conforme publicado pelo YouTube, 95% dos usuários da Internet.
Assim sendo, a rede social é favorável para divulgação de empresas, órgãos públicos e indivíduos, uma vez que ela consegue impactar pessoas de diversos países. Se bem desenvolvido, o vídeo pode viralizar e, assim, atrair potenciais clientes ou consumidores ou até mesmo provocar a publicidade da conta em questão.
Além disso, o YouTube oferece a todas as contas, gratuitamente, o acesso a ferramenta Youtube Analytics. Esse mecanismo permite que a conta monitore dados quantitativos do canal e dos vídeos por ele publicados, o que é propício para captar ideias que possam potencializar as postagens na rede social.
Por intermédio da ferramenta disponibilizada pela rede social, o usuário consegue identificar o público que mais visualizou determinado vídeo e, inclusive, o público que mais interage com o canal. Da mesma forma que é possível apontar o conteúdo que obteve mais engajamento e, assim, direcionar as ações de marketing.
Após abrir a página da ferramenta e definir se deseja os dados referentes ao canal, a um vídeo em particular ou a uma playlist, o usuário consegue filtrar as informações de acordo com três variáveis: modo de reprodução – ao vivo ou por demanda -; região geográfica ou país; e período.
Um ponto positivo é que o Analytics do Youtube oferece diversas opções de período para análise. Por exemplo, é possível escolher a semana, o mês, o trimestre ou o ano atual/passado. Além disso, é permitido personalizar o intervalo de datas ou optar pelos dados de todo o período desde a criação do canal ou publicação do vídeo.
A ferramenta de Analytics do Youtube é dividida em quatro seções: visão geral, em tempo real, relatórios do tempo de exibição e relatórios de envolvimento, as quais serão melhor explicadas a seguir. As segmentações apresentam o conceito de cada indicador para facilitar a análise, assim como o usuário consegue selecionar o modelo de gráfico que quer observar.
1. Visão Geral
A primeira seção do mecanismo de monitoramento exibe um resumo, através de gráficos interativos, dos dados gerados no período e na área geográfica de preferência do usuário.
Ao clicar em algum dos gráficos apresentados, a plataforma dirige para a página referente à segmentação que mostra o monitoramento dessa variável de forma mais detalhada. Se está selecionado o canal, e não um vídeo individualmente, é disposta uma tabela que separa os valores conforme o vídeo.
Além disso, as quantidades absolutas de cada indicador têm, do lado, o percentual de variação com uma seta indicando se cresceu (na cor verde e direcionada para cima) ou se diminuiu (vermelha e para baixo). Primeiramente, a página mostra três gráficos acerca do desempenho geral: tempo de visualização, duração média da visualização e visualizações.
Em seguida, estão gráficos relacionados ao engajamento dos vídeos, mostrando a quantidade de likes, dislikes, comentários, compartilhamentos, vídeos adicionados a playlists e inscritos no canal. Caso a opção de monitorar o canal esteja selecionada, e não um vídeo em particular, a ferramenta disponibiliza uma tabela que mostra alguns desses indicadores referentes a cada vídeo.
Logo abaixo, são apresentadas informações demográficas gerais por intermédio de quatro gráficos. Há um mapa mundi, no qual os países dos usuários que visualizaram o(s) vídeo(s) postado(s) estão pintados e também um gráfico referente ao gênero. Por fim, estão os gráficos que mostram como as pessoas chegaram no vídeo e se o assistiram no próprio site do YouTube ou em outro
2. Em tempo real
Essa divisão expõe dois gráficos que expressam as mudanças no volume de visualizações nas últimas 48 horas e nos últimos 60 minutos. Essa página é atualizada automaticamente a cada 10 segundos. Se o monitoramento for sobre todo canal, há uma tabela que segrega as informações por vídeo publicado.
Através dela, mensura-se o alcance de algum vídeo publicado recentemente que tenha sido divulgado em outro site ou em outra rede social, por exemplo. É possível também descobrir se esse vídeo causou curiosidade nos espectadores em assistirem outro(s) presente(s) no canal. Dessa forma, o usuário consegue acompanhar se os indicadores estão sendo gerados como planejado e concluir se essa ação foi efetiva.
3. Relatórios do tempo de exibição
Nesta segmentação, são apresentados dados sobre os vídeos, como as visualizações, o público que os assistiu e através de que tipo plataforma eles foram vistos. Ela é dividida em sete subseções: Tempo de exibição, Retenção do público, Informações demográficas, Locais de reprodução, Origens de tráfego, Dispositivos e Transmissão ao vivo.
A partir dessas informações, descobre-se se as campanhas direcionadas para o YouTube estão sendo assertivas ou, caso não, qual indicador não está conforme o previsto. Esses relatórios segregam individualmente dados conforme as variáveis para melhor identificar as mudanças e causas para determinadas reações aos vídeos.
Todas primeiramente expõem os números totais relacionados aos indicadores da aba em questão. Em seguida, esses valores podem ser melhor analisados – tanto em quantidade absoluta como em percentual de crescimento – através de um gráfico. A Analytics também permite que o usuário escolha o tipo de gráfico que quer analisar.
Se a preferência for por um gráfico de linhas, é exibida somente a mudança do volume total, sem segregar por vídeo. Entretanto, se o usuário optar por um gráfico multilinhas, de área, barras ou pizza, é possível visualizar os indicadores de cada vídeo do canal.
Ademais, ele consegue comparar duas métricas simultaneamente no gráfico, o que permite descobrir as possíveis causas para os picos de volume dos indicadores. Até mesmo observar como um indicador responde ao aumento na quantidade de outro.
Um exemplo é comparar as médias da porcentagem visualizada e do tempo de duração de cada visualização e, desse modo, identificar como está a retenção do público. Há também uma tabela que mostra as informações disponíveis nas subdivisões de acordo com cada vídeo individualmente ou com alguma variável.
3.1. Tempo de exibição
Aqui é possível constatar o total de tempo de exibição do(s) vídeo(s) em minutos e o volume de visualizações. Os dados apresentados são interativos, isto é, conforme o usuário clicar em algum dos valores, o gráfico abaixo será formado mostrando o crescimento daquela quantidade de acordo com o período selecionado.
A tabela que mostra as informações dos vídeos individualmente, além desses indicadores, também informa as médias da duração e da porcentagem da visualização.
- Duração média: indica o tempo médio que durou cada visualização.
- Porcentagem média: mostra a quantidade média em percentual que o vídeo foi assistido em cada visualização.
Os dados dessa tabela podem ser segregados não apenas de acordo com cada vídeo do canal, mas também conforme o país dos indivíduos que assistiram, a data da visualização, o modo de reprodução (ao vivo ou sob demanda) ou língua da legenda.
3.2. Retenção do público
Essa subseção mostra as médias de duração e de porcentagem da visualização. Esses indicadores, que estavam presentes na divisão anterior, podem ser melhor analisados uma vez que o gráfico é construído com base nesses valores.
3.3. Informações demográficas
Nessa aba, são apresentados indicadores sobre o público que visualizou os vídeos. Primeiramente há a classificação por gênero, mostrando o percentual masculino e o feminino.
A análise dos dados se torna mais específica ao monitorar o gráfico, pois ele mostra o percentual de cada gênero de acordo com o intervalo de idade em que os indivíduos se encaixam. Isso acarreta na descoberta de um potencial público para explorar e direcionar campanhas.
Ao constatar que a maior parte dos engajamentos de seus vídeos, o responsável pelas ações da empresa, do órgão público ou do indivíduo, é causada por determinado grupo de pessoas, consegue customizar o conteúdo dos vídeos. Assim sendo, fomenta mais interações com o usuário em questão.
Além disso, é possível descobrir que o verdadeiro público-alvo determinado pela marca não está sendo, de fato, atingido. Assim, ou muda-se o conteúdo publicado na rede social para alcançar o público estimado ou troca-se de grupo-alvo.
Os grupos de idade adotados pela ferramenta são: 13 a 17 anos; 18 a 24 anos; 25 a 34 anos; 35 a 44 anos; 45 a 54 anos; 55 a 64 anos; e a partir de 65 anos. Quanto à tabela, é possível verificar o perfil demográfico de acordo com cada país, isto é, observar os possíveis diferentes público.
3.4. Locais de reprodução
Essa subdivisão, por sua vez, mostra os dados de acordo com a fonte que a pessoa usou para visualizar o vídeo, ou seja, se foi um vídeo na página de exibição no próprio site do YouTube ou um vídeo incorporado em websites e apps externos.
3.5. Origens de tráfego
Aqui é possível identificar a fonte na qual as pessoas encontraram os vídeos do canal analisado. Dentre as opções estão: vídeos sugeridos (após o término de outro vídeo ou na barra lateral da página); recursos de navegação (página inicial do YouTube ou feed de inscrições do usuário); origem direta (entrada direta na URL) ou desconhecida; origem externa (apps ou sites que contenham o vídeo); entre outros recursos do YouTube.
3.6. Dispositivos
Nessa subseção, há a segregação das visualizações de acordo com o dispositivo usado para assistir. O usuário consegue verificar os indicadores de acordo com o modelo de dispositivo – computador, dispositivo móvel ou tablet – ou de acordo com o sistema operacional – Windows, iOS, Android, Windowns Mobile, Macintosh, entre outros.
Ao descobrir qual o dispositivo mais utilizado para acessar os vídeos, é possível modificar a maneira como a campanha é disposta. Por exemplo, se o dispositivo móvel for elencado como principal meio, isso mostra que as imagens assistidas por ele estão presentes numa tela menor.
A partir dessa ideia, é interessante pensar que gravações de algum objeto ou pessoa localizados muito longe da câmera não seriam tão interessantes. Até mesmo se determinado sistema operacional é o mais usado, a marca consegue se aproximar mais do público, de forma discreta, ao mostrar um vídeo com esse sistema sendo utilizado.
3.7. Transmissão ao vivo
Se o usuário quiser publicar um vídeo ao vivo no YouTube, ele consegue mensurar, através do mecanismo de monitoramento, alguns indicadores da transmissão em tempo real. Ele pode verificar o volume total de visualizações e a quantidade de comentários no vídeo por minuto.
4. Relatórios de envolvimento
A última seção da ferramenta Analytics apresenta as informações das variáveis no mesmo modelo que a divisão anterior, ou seja, exibe valores, gráfico e tabela. Entretanto, ela se refere aos dados gerados pelas interações com os vídeos e com o canal, como volume de inscritos, comentários e compartilhamentos. Ela é dividida em sete subseções: Inscritos, Gostam e não gostam, Vídeos em playlists, Comentários, Compartilhamento, Anotações e Cartões.
4.1. Inscritos no YouTube
A primeira subdivisão mostra o volume total atual de inscritos, quantas inscrições o canal recebeu no período analisado e quantas ele perdeu. Já na tabela, é possível separar os indicadores das inscrições de acordo com a origem (através de um vídeo ou através do canal), o país das contas ou a data.
4.2. Gostam e não gostam no YouTube
Aqui são apresentadas as quantidades de likes e dislikes de todos os vídeos do canal analisado. Ao cruzar métricas no gráfico, o usuário consegue constatar, por exemplo, quantos likes e dislikes foram adicionados e quantos foram removidos.
Assim sendo, é possível analisar se as pessoas marcaram dislike e, em seguida ou após outra visualização, retiraram. Isso pode mostrar que, primeiramente, a ideia do vídeo não ficou definida para o espectador e ele apenas compreendeu a mensagem depois de determinado período.
Descobre-se, assim, se a comunicação do vídeo publicado está clara ou não. Além disso, é possível constatar essas características de acordo com o país das pessoas, com a data e com cada vídeo publicado pela conta.
4.3. Vídeos em playlists no YouTube
Por sua vez, essa subseção exibe o número de vídeos do canal que foi adicionado a playlists de outros usuários, bem como quantos foram adicionados e retirados no período selecionado. Esses indicadores são segregados, na tabela, conforme os vídeos individualmente, o país de quem visualizou ou a data da adição.
Ao verificar qual playlist foi adicionada o(s) vídeo(s), o usuário identifica como está o posicionamento da marca para os espectadores, podendo assim, usar essas informações para direcionar novas campanhas ou fortalecer determinadas ideias.
E, caso o perfil da playlist seja apontado como uma conta de grande alcance, é possível formalizar uma parceria ou até mesmo enviar para ele outros vídeos presentes no canal a fim de estimular maior interesse por parte do mesmo.
4.4. Comentários no YouTube
Essa aba mostra o volume total e a variação de comentários que o vídeo ou o canal provocou. Ademais, é possível visualizá-lo de acordo com um vídeo em particular, com o país do indivíduo e com a data.
4.5. Compartilhamento no YouTube
Aqui é apresentada a quantidade de compartilhamentos, assim como a oscilação dos valores. Na tabela, os indicadores podem ser constatados para cada vídeo, para o tipo de serviço de compartilhamento (Whatsapp, Facebook Messenger, cópia para área de transferência, entre outros), para cada país e para cada dia do período selecionado.
Os comentários no YouTube expressam, normalmente, as opiniões dos usuários em relação ao vídeo. Não é recomendado definir o crescimento do volume de comentários na rede social como algo positivo, tendo em vista que a Analytics do YouTube não mostra o conteúdo dos mesmos.
Muitos deles desempenham constatações negativas acerca da marca ou até mesmo podem não ter conteúdo relacionado a ela. Enquanto os compartilhamentos adicionam mais impressões ao vídeo, uma vez que todos aqueles que seguem em qualquer rede social algum perfil, terão o vídeo disposto em seu feed.
A ação de compartilhar algum vídeo do YouTube em qualquer outra rede social acaba sendo uma maneira de divulgação, afinal aumenta a possibilidade de visualização do vídeo. Mesmo que os compartilhamentos são classificados como positivos na maior parte dos casos, não é possível generalizar.
É possível compartilhar algum vídeo e acrescentar na descrição ou legenda uma mensagem de repúdio. Entretanto, o fato de alguém estar compartilhando mostra que houve interesse por parte do espectador em repassar o vídeo para que outras pessoas também o assistam.
4.6. Anotações no YouTube
As anotações são as caixas de texto que aparecem em alguns vídeos no YouTube sobre a gravação. A Analytics também fornece informações sobre ela, nessa subseção o usuário consegue verificar a quantidade de impressões, impressões que podem ser clicadas e impressões que podem ser fechadas que a anotação teve. Além disso, é mostrado o percentual das anotações que tiveram cliques e o percentual de fechamento.
4.7. Cartões no YouTube
Nessa subdivisão estão presentes as informações referentes aos cartões patrocinados do usuário, isto é, relacionadas às divulgações pagas para aparecerem em determinados vídeos.
YouTube: quais os insights?
É possível gerar bons insights a partir dos indicadores que a ferramenta disponibiliza. Ela possibilita verificar se as ações tomadas pela empresa, pelo indivíduo ou pelo órgão público estão de acordo com o esperado.Por exemplo, o usuário consegue analisar se a publicação de determinado vídeo ocasionou um maior interesse por parte dos espectadores em assistir outros vídeos postados pelo canal.
Ademais, a ferramenta disponibiliza dados referentes ao perfil demográfico de quem assiste aos vídeos e, por consequência, descobre-se o público que mais se atrai pelas postagens. Assim como é possível analisar os indicadores dos vídeos gerados nas últimas 48 horas caso o usuário tenha pago alguma divulgação, formalizado alguma parceria ou compartilhado em outra rede social.
A ferramenta elenca as principais fontes de reprodução dos vídeos: se foram vistos no próprio canal do YouTube ou em outro site/app. São apresentadas também as estatísticas de interações com os vídeos e com o canal e, dessa forma, descobre-se se as ações no YouTube estão sendo repercutidas, estão viralizando e estão atingindo as metas desejadas.
A partir da análise de todos esses indicadores, a empresa, o indivíduo ou o órgão público verifica se há um público potencial para investir. Até mesmo consegue perceber que, mesmo tendo um número elevado de visualizações, determinado vídeo gerou interações negativas (dislike).
Mesmo com todos esses dados, a Analytics não permite monitorar o compartilhamento do vídeo em outras redes, ela apenas mostra a quantidade absoluta, isto é, não é constatado o engajamento nessas outras mídias – as quais se tornam uma publicidade para o canal. Por exemplo, se alguém compartilhou o vídeo e fez uma legenda negativa para o mesmo, na ferramenta somará apenas como um compartilhamento que, muitas vezes, acaba sendo considerado positivo.
A Analytics do YouTube também não mostra qual o site e qual o app que publicou o vídeo e nem se um deles em específico impulsionou mais visualizações. Assim sendo, fica restrito a números, não conseguindo apontar os perfis e sites de maior impacto. A ferramenta também não monitora a mídia espontânea, isto é, não mostra as menções referentes ao usuário na descrição de outros vídeos ou em outras redes.
A ferramenta é benéfica para verificar se os indicadores dos vídeos estão crescendo ou diminuindo, assim como para descobrir o conteúdo do vídeo que teve maior engajamento – principalmente de volume de visualizações, likes e dislikes. Entretanto, ela não apresenta os perfis que geraram determinadas estatísticas, como sites/apps externos e compartilhamentos.
Os dados pontuados são quantitativos, mostrando apenas os valores numéricos e não quem os representa. Além disso, a maior parte dos indicadores não é sentimentalizado, ou seja, são meramente números que não permitem constatar se são positivos, neutros ou negativos. Dessa maneira, as tomadas de decisões são limitadas a análises gerais.
A Analytics do YouTube também não permite que o usuário analise os indicadores dos concorrentes, somente da sua própria conta. Isto é, não tem conhecimento sobre o comportamento do seu nicho de mercado – principalmente do posicionamento adotado pelos outros players -, o que acarreta em campanhas via YouTube menos assertivas.
O usuário não consegue gerar um bom insight a partir do monitoramento da sua marca em específico sem compará-la com os principais players do seu ramo. Isso ocorre porque ela não consegue identificar pontos que podem ser melhor desenvolvidos e outros que estão tendo resultados para potencializa-los.
Por exemplo, uma marca que vende computadores e trabalha com uma campanha que mostra as utilidades de seus produtos no cotidiano. Ela não consegue detectar se seu conteúdo de campanha gera maior engajamento positivo do que o da concorrente que apresenta apenas as especificações do produto.
Essa comparação somente seria possível se a marca optasse por ter vídeos que mostrem as duas perspectivas, o que é uma decisão com custos mais elevados. Além disso, não consegue perceber se os vídeos de determinado concorrente estão sofrendo uma queda ou aumento de indicadores.