Na semana passada, a Sentimonitor ajudou a agência de inovação corporativa anglo-brasileira The Bakery a responder “o que tem tirado o sono dos brasileiros durante a pandemia”.
Para chegar às respostas publicadas no relatório (disponível aqui), foi utilizado um mix sinérgico de metodologias de pesquisa. A The Bakery foi no caminho da pesquisa tradicional, colhendo centenas de respostas por meio de um formulário online e realizando entrevistas aprofundadas com alguns dos respondentes. Enquanto isso, nós da Sentimonitor contribuímos com nossa especialidade, que é Social Intelligence – ou seja, a extração de inteligência por meio de dados gerados espontaneamente pelos usuários nas redes sociais.
Consideramos 32.000 postagens para originar nossos insights sobre sono durante a pandemia. Elas foram coletadas a partir de uma segmentação de nosso big data sobre COVID-19, quarentena e trabalho remoto. Com mais de 5 milhões de postagens (e crescendo), permite-nos realizar segmentações diversas e entender como o contexto de pandemia está afetando a vida dos brasileiros nas mais distintas esferas (como sono, alimentação, vida social, saúde mental, entre outras).
Alguns dos insights que extraímos foram o número muito além do esperado de menções a remédios para dormir, o que indica aumento significativo do seu uso durante a quarentena e a alta prevalência de insônia, que atrapalha usuários até no fim de semana (sábado, 2hrs da manhã e domingo, 4hrs da manhã são duas das combinações de dia/horário mais comuns).
Este trabalho entre Sentimonitor e The Bakery evidenciou a complementariedade dos métodos de pesquisa tradicionais e social intelligence para traçar um cenário completo.
Por exemplo, o questionário rodado pela The Bakery apontou que 11% dos entrevistados estão utilizando remédios para ter sono de qualidade.
Além disso, 44% dos entrevistados disseram estar dormindo pior do que antes, sobretudo por ansiedade e estresse. A ciência já sabe há tempos que esses dois sentimentos são completamente antagônicos ao sono constante e de qualidade, o que ressoa com a alta incidência de menções à insônia que encontramos em nosso data set.
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