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[Parte 2] Resenha Sentimonitor – FIC 2016: The Content Revolution

Tempo de leitura: 5 minutos

Primeiramente: Se você ainda não leu a primeira parte da nossa resenha, confira a primeira parte da resenha do FIC 2016!

No dia 05 de outubro, aconteceu o 12º Fórum de Interatividade e Comunicação (FIC 2016) em Porto Alegre, que trouxe como tema “A Revolução do Conteúdo” (The Content Revolution).  A nossa supervisora de atendimento e monitoramento, Ana Magnani, e nosso gerente geral, Hugo Pinto, foram ao evento e fizeram um breve resumo sobre as principais impressões e insights que tiveram a partir das palestra.

MURILO OLIVEIRA | A monetização do conteúdo que vai além de posts patrocinados.

Murilo Oliveira é co-fundador e CEO da agência especializada em marketing de influenciadores, IWM Agency. Também é co-fundador e CEO da My Idol Company, primeira plataforma de relacionamento entre fãs e ídolos.

Em sua palestra no FIC 2016, que tinha como tema “A monetização do conteúdo que vai além dos posts patrocinados”, Murilo apontou que o uso de influenciadores em campanhas já se tornou comum no mix de marketing das agências de São Paulo.

Através de uma influência sutil, mostrando o uso ou a presença do produto, as campanhas tem mais sucesso  que ações que fazem uso de exposição explícita do produto por parte do influenciador.

Em resposta a uma pergunta da platéia, apontou que não somente celebridades, mas também influenciadores de nicho são muito eficazes (confira nosso post que fala exatamente sobre isso: você precisa de influenciadores do seu mercado, não de celebridades!).

Murilo apontou que mesmo uma excelente campanha com influenciadores precisa de modos tradicionais de ativação, como Relações Públicas e impulsionamento nas redes sociais, como se fosse uma espécie de “fagulha” para atingir uma grande audiência.

Para exemplificar melhor a utilização de influenciadores em campanhas de marketing, citou o case da ação que a Airbnb realizou com o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.

CASE Airbnb e Ronaldinho Gaúcho

A Airbnb, serviço online comunitário para as pessoas anunciarem, descobrirem e reservarem acomodações ao redor do mundo, queria realizar uma campanha viral durante o período da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O objetivo era fazer com que o nome da empresa fosse mais conhecido no país e também no mundo.

A ideia foi convencer um jogador de futebol a colocar a sua casa no Airbnb. Pensando em quem seria a pessoa mais indicada, chegaram no nome de Ronaldinho Gaúcho, pois é uma pessoa muito querida no país, e encaixava no perfil do Airbnb de ser um ótimo anfitrião.

Ronaldinho topou a ideia e colocou a sua mansão de 27 milhões para alugar durante a época da Copa do Mundo. Os resultados da ação foram muito expressivos e o impacto na mídia foi gigante, pois o mundo inteiro começou a falar tanto do jogador como da empresa.

Ronaldinho Gaúcho Airbnb
Anúncio de casa de Ronaldinho no Airbnb

Foram 34,1 milhões de alcance total no Twitter, mais de 700 artigos nas publicações principais de 80 paises de 20 línguas, 152 visualizações do anúncio da casa de Ronaldinho no serviço e mais de 1000 novas inscrições. Confira o vídeo case da ação!

Painel Agências | O papel das agências na revolução do conteúdo

Este painel, que teve como tema principal “O papel das agências na revolução do conteúdo”, foi mediado pela publicitária e mestre em comunicação social, Luciana Bazzanella. Os convidados eram Arthur Bender, presidente da Key Jump, empresa especializada em planejamento estratégico de marcas e negócios, e presidente e diretor de estratégia da Selling, empresa de comunicação de marca; Larissa Magrisso, que atua na agência W3Haus como Diretora de Conteúdo; e Carla Alzamora, diretora de planejamento na Heads Propaganda.

Quatro apontamos selecionados:

  1. O grande desafio atual do Marketing de Conteúdo aplicado a anúncios é produzir conteúdo padronizado em massa e ao mesmo tempo personalizado para cada pessoa.
  2. O conteúdo deve sempre estar a serviço do negócio – muito cuidado para não perseguir o engajamento pelo engajamento!
  3. O conteúdo não necessariamente precisa ser sobre o produto ou serviço que a empresa oferece.
  4. Agências podem e devem encarar positivamente indicações do cliente sobre influenciadores.

MARK MASTERS | The Content Revolution: Where you are, where you’re heading, how you’re going to get there.

Uma das grandes atrações do evento, Mark Masters é diretor do ID Group, uma empresa de consultoria em marketing de conteúdo na baseada na Inglaterra. Mark escreveu o livro “The Content Revolution” que foi utilizado como tema geral da 12ª edição do FIC.

Hugo Pinto e Mark Master no FIC 2016
Hugo Pinto e Mark Masters no FIC 2016

Selecionamos quatro takeaways (em itálico, comentários nossos):

  1. É importante pensar a criação da comunidade e da rede de disseminação do conteúdo (community building + network building) ao mesmo tempo em que se pensa no conteúdo: parceiros na criação, parceiros na divulgação!
  2. Na última pesquisa do Barômetro da Confiança, da Edelman, as pessoas relataram confiar mais nas empresas que na mídia ou no governo. Grande responsabilidade para as empresas!
  3. Analisando o que fez maior diferença na estratégia de conteúdo de diversas empresas, através da pesquisa da Content Marketing Institute, apontou que foi a melhoria da qualidade do conteúdo produzido que teve um impacto positivo maior que investir mais tempo ou aumentar o orçamento alocado. Em 2016, ter poucos conteúdos memoráveis é preferível a ter uma grande quantidade de conteúdo dispensáveis.
  4. Quando as pessoas encontram um conteúdo, em vez de serem apresentadas a ele, elas associam o conteúdo a elas próprias. Isso evidencia a importância de SEO e também do uso de influenciadores para recomendar sutilmente um produto, empresa ou conteúdo.

Curtiu a resenha? Então confira a palestra completa do Mr Masters e o post do Mr Masters acerca das similaridades do que viu relacionado à marketing de conteúdo no Brasil e no exterior!

E você, participou do evento? Compartilhe suas percepções nos comentários!