No último dia 26 de maio, aconteceu em São Paulo o lançamento oficial do livro Manual de Campanha Eleitoral – Vitórias em Construção. A obra, escrita por Guga Fleury, teve a participação de nosso CEO, Hugo Pinto, que desenvolveu um capítulo sobre o monitoramento de redes sociais para estratégia eleitoral. A seguir apresentamos os pontos principais sobre o assunto:
A prática consiste do processo de coleta, interpretação e consolidação de informações relevantes obtidas a partir de redes sociais para a tomada de decisão. Através do monitoramento é possível descobrir e acompanhar as estratégias e táticas dos adversários, além de engajar os apoiadores, descobrir quem são os detratores e mensurar o sentimento do público em relação ao candidato. A prática também é muito utilizada para prevenir crises e identificar oportunidades de campanha, como por exemplo, temas relacionados espontaneamente ao candidato.
O primeiro passo é identificar quais redes sociais são mais relevantes para realizar o monitoramento, sempre levando em conta o público-alvo a se atingir e a estratégia de divulgação e engajamento. Os canais mais utilizados são: Twitter, Facebook, Blogs, Youtube e Instagram.
Após a escolha das redes sociais, é necessário selecionar os termos que serão monitorados, os principais são: nome do candidato e dos adversários, termos relacionados à sua campanha (saúde, educação, transporte, etc) além daqueles relacionados a possíveis crises (falta de vagas, demora + consulta, etc).
Depois de escolher os termos, é necessário incluir no planejamento alguns pontos importantes, como por exemplo: a periodicidade das postagens (dia, semanal, mensal) e o volume de dados a serem coletados (milhares ou dezenas de milhares de tweets). Se o interesse é apenas em um panorama geral semanal, com pouco volume de informações, é possível optar pela coleta manual, nesse caso pode-se armazená-las em uma planilha para uma análise posterior. Para todos os outros casos é interessante utilizar uma ferramenta de monitoramento e inteligência em mídias sociais, como o Sentimonitor, por exemplo. Dessa forma é possível automatizar o processo de coleta, armazenagem e backup de informações, além de detectar rapidamente possíveis crises e oportunidades de campanha.
A fase seguinte consiste na classificação das mensagens coletadas. Em geral usam-se as classes positivo, negativo e neutro, embora alguns analistas prefiram usar uma escala numérica de intensidade (-2, -1, 0, 1, 2). Outro ponto importante são os assuntos que podem ser classificados por meio de etiquetas, também chamadas de tags. Atualmente, ferramentas de ponta, como o Sentimonitor, permitem automatizar grande parte do processo de classificação através de regras e aprendizado de máquina.
Após coletar as informações relevantes para a campanha é possível agregá-las para auxiliar na percepção de padrões e tomada de decisões. Algumas opções são: gráfico de linhas mostrando progressão e quantidade mensagens; nuvens de palavras onde o tamanho da palavra representa a frequência com que ela aparece nos posts analisados; ranking de influenciadores e indicadores de performance como o crescimento percentual do nº de postagens em determinado período.
Essas são apenas algumas possibilidades para o uso do monitoramento de redes sociais em uma campanha eleitoral. Se você é candidato ou colaborador de algum, é importante ter em mente que o seu eleitor está nas redes sociais e que o monitoramento desses canais pode ser o diferencial para uma estratégia de sucesso nas próximas eleições.