Big data, quarentena e engordar. Qual a relação?
São abundantes na mídia e em memes distribuídos pelas redes sociais as referências a engordar durante a quarentena. A premissa é simples e sólida: por estarem na maior parte do tempo em casa e se sentindo ansiosas devido aos eventos externos (pandemia), as pessoas acabariam comendo mais do que o normal e, por consequência, ganhando peso;
Por ser um tema tão relevante, decidimos investigar a relação das pessoas com a alimentação em tempos de pandemia
O que nosso big data com mais de 5 milhões de postagens sobre COVID pode nos dizer?
O que encontramos na investigação supracitada, descrito na imagem abaixo, nos surpreendeu: sim, várias pessoas estão engordando durante esse período, mas muitas outras descrevem estar emagrecendo! Como assim?
Em retrospecto, faz total sentido, mas é um tipo de conclusão que somente é revelada quando utilizamos o poder dos consumer insights: isolamento social, lockdown, quarentena, ou qualquer denominador que prefira utilizar, são situações extremas para o ser humano, que é, por natureza, extremamente social e precisa da vida em comunidade. Ser privado disso representa uma condição extrema para nós – e condições extremas favorecem hábitos extremos.
Ou seja, aquelas pessoas que têm tendências a perda de peso, seja por se alimentarem mal ou pouco, puxam isso ao extremo durante a quarentena e emagrecem. Enquanto aquelas que têm tendência a engordar a acentuam e ganham peso.
Vale o alerta para você, leitor, que gostaria de estar na pele desses que estão emagrecendo: talvez queira repensar! A maior parte dos usuários que relatam emagrecimento também estão se queixando. São, em maioria, pessoas que lutam para conseguir manter certo nível, maior do que estão conseguindo, de peso corporal.